quinta-feira, 30 de maio de 2013


E aí 10 entre 10 amigues do Vulva Fúcsia pensam, onde as Vulva vai ralar as Vulva nos fins de semana? Bem amigues, Possivelmente numa festa desse dj maravilhoso, agora também amigo querido, Dj Lindote (carinhosamente Lindoth com h no final)! Que toca nas festas mais lindas da noite carioca...  Agent tá sempre lá, porque o babado musical é certo, independente do ritmo musical, apesar de cad@ um@ de nós ter noss@s preferências... E ele é um cara eclético, tem uma festa para cada vibe nossa, desde rock, passando pelo mpb, o trash, pop, alternativo...
Ele também adianta pra nós o que poderá acontecer na tão aguardada Bagaceira especial de Dia nos Namorados que vai rolar dia 7 de junho, na qual ele promete fazer o possível pra desencalhar todo mundo! Que será que ele pretende? #mistério
 Enfim, chega de enrolation, vamo pra interviéu(sic): 
Vulva: Beeeem, eh, deu branco! Não conseguimos pensar em perguntas pera...
Lindoth: Que isso, gente. Podem mandar pq eu tô preparado, haha!
Vulva: Você trabalha em festas diversificadas, de festas de mpb como a Cadê Tereza, outras para o público mais alternativo e a festas mais populares como a Bagaceira, que é um enorme sucesso. Em quais destas festas você vê um público mais disposto a sai pro "crime"?
Lindoth: Ah, acho que na Bagaceira. Por ser uma festa totalmente democrático, tudo pode acontecer. De qualquer forma, vejo o povo "indo pro crime" em todas as minhas festas. Tendo proporcionar um clima bom para todos se sentirem à vontade e, assim, fazerem o que derem na telha. 
Vulva: Fale-nos sobre todos os seus projetos atuais, as festas que você tem trabalhado! Esse espaço é seu!
Lindoth: Então pessoal, eu tento atacar em vários estilos. Apesar de respeitar, não curto a onda de fazer 3, 4 festas iguais. Não faz sentido na minha cabeça! Atualmente tenho colocado muitas fichas na Safadinha, a minha festa de funk (estilo muito pedido pelo público da Bagaceira mas que rola pouco relativamente, pq temos que abranger muitos ritmos musicais) e em um outro projeto bem nos arcos da Lapa, com um visual incrível. Se preparem porque julho chegará com novidades Lindoteanas!
Ah, mais uma coisinha: talvez a Bagaceira apareça de casa nova. Em breve, novidades...
Vulva: Como surgiu a idéia para a festa Bagaceira? Eu sei que quando vou eu nem consigo dançar porque a festa é um sucesso, sempre cheia de gente querendo curtir o que houve de trash nos anos 80/90/00 e o que ainda há de trash no mundo musical. Agora a gente já vê algumas festas com os temas parecidos, depois da Bagaceira. A idéia foi um sucesso, tanto que está sendo mega copiada né?
Lindoth: Putz MUITO COPIADA! Eu fico meio bolado com isso, mas ao mesmo tempo com orgulho. O foda é que o povo copia tão na cara de pau que os nomes são muito, MUITO parecidos! Tem uma festa em São Paulo com o nome de BAGAÇA! Cópia descarada! Enfim, isso prova que é um sucesso, né?! Agora eu quero ver se elas tem algum DJ que é LINDO até no nome! =P
Vulva: E na cabine de Dj, rolam muitas abordagens, cantadas ou você separa trabalho e prazer? Se é que tem como separar uma coisa da outra nessa vida (nós do Vulva não seríamos profissionais o suficiente para isso) rs
Lindoth: Olha, quando eu falo ninguém acredita: eu quase não pego ninguém nas festas. É que eu fico muito focado no trabalho! Ao contrário da maioria dos produtores e DJ's dos lugares que toco, eu realmente vivo disso. Abandonei a minha vida de jornalista pra me dedicar integralmente a essa vida que tanto amo. Logo, não levo tudo na fanfarra! Ah, mas se eu falar que eu nunca fico com ninguém é mentira, hehe. Mas mesmo quando faço, é discretamente. Sobre a cabine, rolam muitas cantadas, sim. Apesar disso, eu percebo quando estão dando mole só porque eu sou o DJ e (é, eu sei que vocês não acreditar, haha) não curto isso, não. Claro que já peguei meninas assim, mas evito porque acho até triste. Eu sou um amante a moda antiga! =P 
Vulva: Nenhuma pegação na noite é garantida, isso é fato... tá
Até mesmo @ boy/girl mais banhado de mel volta sozinh@ pra house, alguma vez na vida, mas temos percebido que essa tem sido a realidade de muita gente em muitas festas. A que você atribui isso? o medo das pessoas tomarem um toco? falta de coragem? Será que ainda existe essa conversinha fiada de “se valorizar”, na sua opinião? Ou o tipico 'só vim p curtir a música e dançar' é veridico nessas festas?!
Lindoth: Bom, não sei ao certo. Eu conheço muita gente que passa o rodo nas minhas festas, hein! Acho que depende muita da pessoa ser mais cara de pau, sem travação. Como eu sou muito travado, muitas vezes volto "liso" porque deixo de chegar exatamente por medo de toco. É, faço 30 anos esse ano e ainda passo por isso! Tosco, né? Enfim, acho que a boa pra quem quer pegar mais gente é ser mais audaz, chegar na lata mesmo. Mas aquela máxima, né: faça o que eu digo, não faça o que eu faço! 
Vulva: Você confidenciou a nós, Vulvas, que na próxima Bagaceira especial de Dia dos Namorados ninguém vai sair solteiro. Será que você pode nos adiantar o que está rolando nessa sua kbcinha pra desencalhar esse povo todo? Qual vai ser a mágica?(me preparando para ir!)
 Lindoth: Olha, eu sempre penso nas ideias mais esdrúxulas pra Bagaça, e costumam dar certo, hein! Posso adiantar que teremos cupidos rodando pela festa, num estilo parecido com o famoso "correio do "amor". Não posso obrigar ninguém a pegar ninguém, mas que tentarei ajudar, tentarei!
Vulva: Tem algumas dicas pro povo que tá na secura desencalhar? Será que o povo faz a linha decorador, desses que valoriza a beleza inter ior, ou o povo tá mais preocupado com a fachada mesmo?
Lindoth: Acho que a fachada conta muito no começo da festa. Lá pras 3h da matina, o povo não liga muito pra isso não, principalmente na Bagaceira. Não sei qual a linha que esse povo mantém, mas repito o que já tinha falado: a boa é chegar firme mesmo. Afinal, o não nós já temos, né?! 
Vulva: Como você sabe, nós somos um blog de sexo, sexualidade, comportamento, prazer e tudo relacionado. Então... Conte-nos alguma aventura sexual, algo que foi marcante para você nesse ponto, uma experiência sua (que você possa dividir conosco, claro...)
Lindoth: Olha, uma vez eu fui num show do Marylin Manson na Fundição Progresso, e no mesmo dia rolou uma festa pós-show. Enfim, colocaram um dark room lá. Resumindo a história: fiquei com uma menina e fui pro tal "quarto escuro"...quando estava recebendo um sexo oral (e de olho fechado), sinto alguém me cutucando...era um segurança! O cara começou a falar que ali não era lugar pra isso, sendo que quase não dava pra ver o cara! A menina ficou toda sem graça, e eu fiquei argumentando "cara, você tá por fora, porque aqui É O LUGAR PRA ISSO"! Enfim, foi uma situação muito escrota, mas bem engraçada, hehe!
P.S: A menina quase mordeu o "meu garoto" com o susto! 
Vulva: As suas festas atraem massivamente o público GLBTTS , a que você deve tamanho sucesso? Boa música? Um ambiente digamos, acolhedor e aberto a tod@s? O diferencial das suas festas?
Lindoth: Modéstia à parte, acho que muito disso é motivado pelo jeito que eu trato todas as pessoas. Sempre fui muito mente aberta com qualquer tipo de postura sexual. Sempre tive amigos gays e frequentei lugares com todo o tipo de público, sem preconceitos. Acho que o fato de tratar o público gay como "iguais" faz com que eles voltem e ainda divulguem as minhas festas. Eu sei que soa tosco isso de "tratar como igual" porque é ÓBVIO que isso natural. Afinal, ELES SÃO IGUAIS, UÉ! O problema é que na prática o mundo não é assim, né. Já ouvi muitas histórias absurdas em que meus amigos foram destratados em festas, inclusive em lugares que já toquei. Enfim, jamais irei admitir esse tipo de coisa rolando nas minhas festas. Uma vez um fã da Bagaceira e da Matinê Dezoito veio me perguntar, via Facebook, se poderia ir "montado". Ele curte se vestir mulher e perguntou se teria algum problema. Respondi de cara que não e que se alguém falasse alguma coisa ruim, poderia me chamar que eu colocaria pra fora na hora! Depois de alguns meses, ele apareceu montado. Foi sensacional! =] As pessoas tem que ser felizes do jeito que querem, simples assim.
 Vulva: Para fechar os trabalhos, A titia quer pedir músicaaaa: 
“Evidências” – Chitãozinho e Xororó
“Muito Estranho”- Dalto ( Não sei se rolaria, mas é pedido de nossa Vulva Rainha.)
“Show das Poderosas” Que é o que o povo quer dançar ralando a tcheca na noith.
Lindoth: Pode deixar. Prometidas! o/ Essa do Dalto eu admito que nem tenho, mas vou catar!
Vulva: A titia vai se despedindo, tem algum recadinho para deixar aos nossos leitores?
Lindoth: Quero agradecer aos integrantes do Vulva que me apoiam desde o começo. Vocês são sensacionais e sempre fico muito feliz quando vejo vocês batendo cartão nas minhas festas. Organizar eventos me trouxe não apenas reconhecimento; trouxe também novas amizades incríveis! =]
Ah, e até a Bagaceira, dia 7, e a Cadê Tereza?, dia 15!
Evento Bagaceira: Clique Aqui
Evento Cadê Tereza: Clique Aqui
Vulva: Aguarde-nos também! Beijos da Titia!

segunda-feira, 27 de maio de 2013


Bem gente, Titia vem falar em nome daqueles que defendem a educação sexual nas escolas. Porque todo esse boicote às políticas de saúde voltadas a prevenção de DSTs e AIDS acabam gerando dados como os que veremos a seguir.


Quatro em cada dez jovens brasileiros acham que não precisam usar camisinha em um relacionamento estável. Além disso, três em cada dez ficariam desconfiados da fidelidade do parceiro caso ele propusesse sexo seguro. A informação é da pesquisa Juventude, Comportamento e DST/Aids realizada pela Caixa Seguros com o acompanhamento do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
O estudo ouviu 1.208 jovens com idades entre 18 e 29 anos em 15 estados (Rondônia, Amazonas, Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Goiás) e no Distrito Federal. As mulheres correspondem a 55% da amostra e os homens, a 45%.
O estudo foi repassado à Agência Brasil para divulgação antecipada hoje (1º), Dia Mundial de Luta contra a Aids. A pesquisa será oficialmente lançada na próxima segunda-feira (5).
Ao todo, 91% dos jovens entrevistados já tiveram relação sexual; 40% não consideram o uso de camisinha um método eficaz na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST) ou gravidez; 36% não usaram preservativo na última vez que tiveram relações sexuais; e apenas 9,4% foram a um centro de saúde nos últimos 12 meses para obter informações ou tratamento para DST.
Os dados mostram que falta aos jovens brasileiros o conhecimento de algumas informações básicas, já que um em cada cinco acredita ser possível contrair o HIV utilizando os mesmos talheres ou copos de outras pessoas e 15% pensam que enfermidades como malária, dengue, hanseníase ou tuberculose são tipos de DST.
Em entrevista à Agência Brasil, o coordenador da pesquisa, Miguel Fontes, destacou que o grau de escolaridade dos jovens também influencia na adoção de atitudes e práticas responsáveis em relação ao sexo seguro. Outra constatação, segundo ele, é que ter pais ou profissionais de saúde como principais fontes de informação sobre sexo é um fator determinante para que os jovens adotem melhores práticas em relação a DST.
“Notamos que os jovens menos vulneráveis são aqueles que conversam com os pais sobre sexualidade e que têm maior escolaridade. Mas pouquíssimos conversam com os pais sobre isso e a maioria não está estudando, repetiu alguns anos na escola. Embora eles não percebam, essa vulnerabilidade em relação à aids existe e é latente”, disse.
As recomendações feitas pelo estudo incluem maiores investimentos em conteúdos de qualidade sobre sexo e aids na internet; programas sociais que tenham a juventude como público-alvo e que envolvam a família dos participantes; estreitar laços com professores que trabalham com jovens, a fim de proporcionar algum tipo de formação ou capacitação para tratar temas relacionados a DST e aids; e massificar a informação de que existe uma relação direta entre o consumo de álcool e o aumento da vulnerabilidade dos jovens em relação ao sexo seguro.
“No lugar de campanhas massivas na TV e no rádio, precisamos de canais diretos na internet. Ela age hoje como um gancho muito forte e é necessário levá-la em consideração como uma ferramenta educativa, além de reforçar o papel dos pais, fonte de educação mais confiável, e dos profissionais de saúde. Muitas vezes, os amigos são a principal fonte de informação do jovem, mas isso não implica em um melhor nível de conhecimento”, ressaltou o coordenador do estudo.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que os brasileiros com idade entre 15 e 29 anos representam 40% da população, totalizando 50 milhões de jovens. Levantamentos do Ministério da Saúde mostram uma tendência de crescimento de novas infecções pelo HIV nessa faixa etária desde 2007, chegando a 44,35 registros para cada grupo de 100 mil pessoas.
Atualmente, entre 490 mil e 530 mil pessoas vivem com HIV no Brasil. Dessas, 135 mil não sabem que têm o vírus. A incidência da aids no país, em 2011, chegou a 20,2 casos para cada 100 mil habitantes. No ano passado, foram registrados 38,8 mil novos casos da doença – a maioria nos grandes centros urbanos.

Como visto no Yahoo Notícias.

É amigues, é nessas horas que percebemos a falta que fazem os trabalhos de conscientização e educação sexual, investimento ao qual o país e principalmente sua população paga caro. Especialmente notando que a desinformação muito tem haver com a falta de escolaridade, ou seja amigues. GOVERNO DA PORRA, VAMOS INVESTIR NA EDUCAÇÃO! Todos esses trabalhos de boicote dos fundamentalista do governo às políticas de educação sexual e suas vertentes: esclarecimento de temas como a identidade de gênero, igualdade e respeito nas relações entre outros, já estão gerando um problema grande para o nosso país. 

Nós, como sempre, sabemos que uma das maneiras de combater tudo isso é compartilhar conhecimento, e o que não falta na internet é conhecimento meuzamores, então, vamos aprender a usar camisinha com a titia? Se já sabe, ensina pros priminho, pras priminha e até pro tio recém separado, que tá acostumado com papai e mamãe garantido e agora vai voltar a procurar a caça na noite, sem saber usar o prastiquinho...

Primeiro, a camisinha feminina, porque as mulheres não precisam pedir pr@s parceir@s usarem, elas mesmas podem deixar a xaninha preparada para serem felizes, sem correr riscos...


E também, usomem, ou seres possuidores de pênis, vamos aprender a deixar a porra no saquinho?

Enquanto a titia Dilma não resolve esses problemas, vamos multiplicar conhecimento amores! Uma forma disso é compartilhar nosso link pelo mundo da internet! E se quiser nos chamar para dar uma palestra, conversar sobre o assunto, também estamos à disposição lindes.

É amigues, nem tudo são flores! Mas só nós podemos mudar isso tudo... Beijos da Titia! 

terça-feira, 21 de maio de 2013


Esses dias tenho observado uma amiga do Vulva q vem postando fotos das chamadas barrigas negativas, que viriam a ser aqueles abdomens que de pé tem o visual que nós mortais conseguimos quando deitados e murchando a barriga (as vezes eu, nem isso). Aí eu me coloco na posição de ser constituído de inteligência e com capacidade de pensar, perdida nesse universo, reflito: MAS QUE CARALHO HEIN! QUE MERDA, já não bastasse querer ser magra a todo custo, agora, ainda tem que ter essa bendita/maldita barriga negativa, a que preço?!
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!Essas indústrias que promovem os padrões estéticos são muito cruéis com as mulheres que não conseguem se adequar ao que eles ditam como lindo, beautiful e perfect. Primeiramente, quando não nos adequamos e não nos enquadramos nos padrões, não nos sentimos aptos a atrair/agradar o outro, e, a culpa disso fazem-nos acreditar que é nossa mesmo. Afinal de contas, estamos nós falhando como seres humanas [ou objeto de consumo e desejo para a espécime], como mulher, já que nossa obrigação na terra deve ser essa, não é?! Atrair o sexo oposto, casar, procriar e manter essa raça humana que afunda mais a cada dia.  Seriamos nós -mulheres normais aos olhos do mundo- relaxadas, descuidadas e sem amor próprio (ou qq coisa do tipo) por não atingirmos o padrão esbelto e esguio e 0 porcento de gordura? Em qq banca de jornal q vc vá, dos bairros mais periféricos aos mais rycos e centrais há inúmeras publicações que incentivam as mulheres a quererem cada vez mais um corpo, que eles, julgam como perfeito. Quem nunca foi a sites femininos em busca de dicas e dietas p secar barriga, não sabe a auto-estima elevada que tem. Esse povo fábrica um padrão de beleza tão inalcançável para a maioria das mortais, nós mulheres comuns, que estas que vão querer alcançar vão morrer numa grana em tratamentos estéticos, lifting, chás 7 ervas, spirulina e o caralho a 4, e claro, comprando essas revistas que nos faz odiar nosso corpo a cada comparação feita, enriquecendo os editores e seus anunciantes. 


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Marilyn Monroe é que era feliz, além de linda, com curvas, com barriga saliente, sexy, charmosa e cheia das lascividades. A nós só nos resta romper com tudo isso e viver como Galeano sugere que o nosso corpo realmente quer que seja, que ele seja uma festa, uma festa constante, sem policiamento estético exagerado por parte de ngm, a não ser de nós mesmas, referente ao que nos agrade e achamos bonito ;)  


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Ps.: Não que alguns homens tbm não sofram com esse tipo de cobrança em relação a sua estética e padrão de beleza exigido e estabelecido, mas a cobrança em cima das mulheres, convenhamos, é infinitamente maior.

Esse mundo moderno vem trazendo uma série de novas nomenclaturas e conceitos, e as vezes nós nos pegamos atordoados com tanta informação. Alguns acham isso uma coisa ruim, dizem que a internet faz com que as pessoas não se aprofundem nos assuntos e blá. Isso pode ser até real em alguns momentos, mas o fato é que é melhor ser bombardeado com informações a todo momento do que permanecer alheio às realidades.
Sobre o tema do post dessa semana, vamos falar sobre gênero! Esse bicho de nove cabeças, que parece ser enorme porque não se encaixa na cabeça de muita gente.
Esse post nasce da revolta de ver, na maioria das notícias envolvendo travestis, o uso do pronome se referindo ao sexo biológico daquela pessoa. Dá uma raiva monumental, sabe? É mais ou menos a mesma coisa que a gente sente quando alguém troca nosso nome, mesmo conhecendo a gente, sabendo quem somos. Dá uma agonia, um sentimento de não reconhecimento.
É tão difícil compreender que aquela pessoa se entende numa identidade de gênero diferente da que você espera que ela se identifique? Vamos sair da caixinha minhagente!
Caixinha
Quando você vê um homem automaticamente imagina que ele tem um pênis e sente atração por mulheres, né? E quando vê uma mulher, parece óbvio que ela tenha uma vulva e fique loooouca louquinha num pênis, correto? Pois é, destrua tudo isso da sua mente. É hora de sair da caixinha!
homem gravido
Órgão genital, identidade de gênero e orientação sexual são coisas distintas. Acontece que nossa sociedade criou uma relação entre esses três fatores, e estabeleceu um padrão de conduta pra gente. Se você nasceu com um pênis, já é esperado que você se identifique com o gênero masculino e que queira mergulhar numa vulva. Só que não é bem assim que a banda toca. O fato de ter um pênis não quer dizer que você venha a se entender como um ser masculino. O pênis é o órgão genital, o fato de se identificar como masculino, feminino ou ambos é identidade de gênero.
Exemplificando (porque a gente é pedagoga e adora ilustrar): a pessoa travesti é alguém que nasceu com determinado órgão sexual e se identifica com o gênero oposto ao que a sociedade impõe à pessoas que tem tal órgão. Se é uma travesti, nasceu biologicamente com um pênis e se identifica com o gênero feminino. Se é um travesti, nasceu biologicamente com uma vulva e se identifica com o gênero masculino.
Mas a caixinhas ainda não se abriu completamente. Até aí a maioria das pessoas consegue entender (apesar de muitas se recusarem a tratar a pessoa com o pronome condizente com o gênero que ela se identifica). Beleza, pessoa nasceu com pênis e se identifica com o gênero feminino, então ela sente atração por homens, correto? NÃO BABY. O fato dessa pessoa se identificar com o gênero feminino nada tem a ver com a orientação sexual dela. Assim como uma pessoa que nasceu com vulva e se identifica com o gênero feminino (vulgo mulheres biológicas, e eu detesto esse termo) podem ter orientação homo, hétero, bi, pan ou nenhuma, a mulher travesti também se dá a esse luxo, DÁ LICENÇA? Nem toda mulher sente atração por homens, seja ela trans ou nascida com vulva. E o mesmo com os travestis. O fato de se identificar com o gênero masculino não obriga a pessoa a querer lamber uma vulva.
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Deu pra aquendar a diferença entre órgão genital, identidade de gênero e orientação sexual? Nós que somos zuuuper inteligentes (só q n) desenvolvemos esse tema num trabalho que escrevemos e apresentamos ano passado no X ENUDS (Encontro Nacional de Diversidade Sexual). Nesse trabalho, trazemos a expressão “congruência total de gênero”, que diz respeito justamente a essa imposição social doida que cria um padrão que conecta essas três esferas e faz com que qualquer que fuja a um dos três níveis de congruência sofra marginalização e exclusão social.
A hora de sair da caixinha é agora! Liberte-se, e permita a liberdade. Queremos um mundo fúcsia, um mundo colorido! Um beijo sabor diversidade pra vocês MUAX.

Eu fico um tantinho preocupado quando vejo um distanciamento maior entre as pessoas pela facilitação do contato pela internet. Mas enfim, bebo eu desta fonte todos os dias em todos os setores da minha vida, inclusive no que tange a relacionamentos, e o sexo propriamente dito.  A vida corrida, falta de tempo, distância, dinheiro de passagem/gasolina, etc. acaba mesmo nos empurrando pra essas relações com poucos ou nenhum contato propriamente físico.  Isso acaba mesmo nos empurrando a uma sociedade com menos fuck fuck e mais fap fap fap…  E a cada dia novas tecnologias no intuito de nos entreter, sexualmente falando, são desenvolvidas.
Como, por exemplo, aplicativos de celular desenvolvidos neste intuito:
“Os aplicativos com motivos sexuais estão ganhando espaço nos smartphones de todo o mundo. Os jogos não contêm cenas de sexo explícitas porque são proibidas, mas o leque de opções é enorme. Alguns aplicativos ensinam o usuário a beijar na boca e avaliam a qualidade com notas de 0 a 10. Além disso, o kamasutra, livro sexual mais conhecido de todos os tempos, está disponível em diversas versões. Outra novidade também é um medidor sexual, que avalia o desempenho do casal. Basta o os pombinhos colocarem o aparelho na cama e o aplicativo irá avaliar os sons, os movimentos e a duração. O número de usuários aumenta todos os dias e os downloads diários chegam a mais de 2 milhões. Os perfis dos usuários têm entre 25 e 40 anos, são de classe média e vivem no meio urbano.”
Até aí tudo bem. Nada que uma boa playboy, GMagazine ou qualquer outro impresso do gênero não tenha feito pela humanidade. Porém, a próxima notícia me preocupa um tantinho mais, porque me remete àquela cena icônica do filme “O Demolidor”. Pra quem não lembra, taí uma imagem, era um dos filmes mais repetidos do SBT.
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Na cena, a policial vivida por Sandra Bullock convida o Silvester Stallone para seu apartamento para uma noite de sexo, porém não é o sexo que ele esperava que fosse… O sexo é feito através de um equipamento que faz uma espécie de conexão mental onde os pensamentos libidinosos de ambos se encontram, um sexo em pensamento, sem toques físicos. Também encontrei a cena no youtube e estou colando aqui pra vocês.
Essa realidade não está longe, atualmente foi desenvolvido na Austrália roupas íntimas sensíveis ao toque do parceiro à distancia, onde se pode acariciar a pessoa estando distante, usando um aplicativo de celular.
Sexo para todas as opções, todos os tamanhos e agora até a distância praticamente, estamos quase na realidade do filme onde a transa vai se resumir a colocar um capacete e gozar. Sabe amigues, tá tudo lindo, mas nesse ponto, ainda prefiro ser vintage e fazer sexo à moda antiga. 
Nada contra, acho ótimo.

Muita das vezedois_de_julho_marchas não nos damos conta de como estamos subordinados ao que socialmente somos impostos e expostos no nosso cotidiano. Acredito eu que, quem tenha facebook e acessado a seus e-mails do yahoo nestes últimos dias tenha acompanhado, mesmo que de longe, o caso Nicole e Thomás.  Isso, o moço que tentou enfiar a mão na tchebs da moça lá. É fato que uma torrente de blogs feministas e ativistas se manifestaram em defesa dela, repudiando tal atitude violenta e absurda, chamando atenção para a “cultura do estupro” que sempre culpabiliza a vítima e para aquele papo que ouvimos desde menines: “Mulher tem q se dar valor”, “Pediu pra ser estuprada, usando uma roupa dessas” e etecétera. Poderia focar aqui no caso da Nicole, mas muitas pessoas já o fizeram, e, muito bem por sinal, então não vou repetir as coisas com as quais concordo veementemente.

Então eu como mulher queria desabafar, falar das táticas que tenho que usar para não ser ‘atacada’, pelos senhores nas ruas do dia a dia da minha cidade.
Gostaria de começar dizendo que não sou possuidora de nenhuma beleza fora do comum, minha beleza não é a do tipo que seria aclamada pela mídia e não, não seria facilmente contratada para trabalhar na malhação por conta dos meus dotes estéticos. Sou assim, bonita, como a maioria das mulheres.

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Na minha cidade há o uso de kombis e vans como meios de transporte coletivo, enfim. Esse era o meio de transporte mais usual p mim por conta do preço e do tempo que eu levava p chegar até o pré-vestibular. Eu fazia pré-vestibular no período da noite,  confesso que ficava com o coração na mão quando eu me deparava com a situação de estar sozinha na kombi com o motorista, ou mesmo quando não havia nenhuma outra mulher na condução. E quando esse fato se dava e eu estava de saia, ou com uma roupa mais leve por conta do calor, pqp! Era muito mais tenso, pq as vezes tem uns caras que fazem questão de fazer vc se sentir como um objeto sexual ou um Big Mac na Somália, conclusão, evitava ao máximo ir de saia e qq tipo de roupa ‘provocante’ para não despertar estes tipos de olhares, que faziam eu me sentir em situação exponencial de risco. Mas sabemos que mesmo de burca esse tipo de coisa acontece  e nada justifica melhor esse fato do que justamente essa cultura do MACHÃO ALPHA que se perpetua até os dias de hoje, onde alguns se acham nos tempos da caverna, totalmente.
Atualmente, não pego kombi nem van a noite sem estar acompanhada de alguém q eu conheça, nem por um caralho! E p piorar a situação, e meu trauma, esses dias estupraram uma turista americana aqui no RJ e o Sr. governador disse q isso é um caso isolado, aham, isolado, vai checar o crescimento que os casos de estupros têm tido.
O fato é: É certo eu precisar escolher meu tipo de vestimenta e condução de acordo com o medo que eu tenha desenvolvido por conta dos possíveis ataques de homens que não sabem segurar sua pulsão sexual latente?
NÃO, NÃO É CERTO. O certo seria eu poder ir e vir, com as roupas que eu quisesse, do jeito que eu quisesse, sem me preocupar com possíveis ataques, pq estou andando a noite e/ou sozinha.
A violência não deve ser institucionalizada e naturalizada. O fato de eu e diversas outras mulheres terem de se vestir de acordo com a violência a ser evitada não deve ser algo natural e aceitável, devemos SIM lutar contra esse tipo de pensamento, buscar nossa liberdade e direito de IR E VIR e citando um cartaz da Marcha das Vadias: “Eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente com a roupa que eu escolhi e poder me orgulhar que de burca ou de shortinho todos vão me respeitar!”


Nós sabemos que você estava louc@ de saudades da tia Vulva, e por isso resolvemos sair do retiro espiritual e voltar a aparecer nesse mundo.
Muita coisa aconteceu desde a última postagem, com o mundo e conosco. Precisávamos desse tempinho off pra colocar as ideias no lugar. E olha, parece que o planeta esperou a vulva dormir pra soltar os meteoros. Como assim Marco Feliciano, Braseeel?
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Ok, sabemos que a bancada evangélica tem crescido em número e poder. Vivemos no mesmo mundo de Bolsonaro e Malafaia, então não estávamos alhei@s aos fatos. Pois num é que ainda assim as vulvas ficaram beges com isso? Isso é pra gente levar na cara da vida, e perceber que sempre pode piorar.
Tivemos a oportunidade de ouvir e ler muita coisa sobre o assunto, e ficávamos pensando: comuassim esse cara pode chegar à presidência da Comissão de DIREITOS HUMANOS? (sim, nós também precisamos falar isso com ênfase perplexa) Tipo, depois dos comentários racistas, misóginos, homofóbicos e o cacete a quatróbicos, ele consegue presidir uma comissão feita para discutir a questão das “minorias” nesse país tropical!
Mas passando o primeiro estágio de perplexidade, percebemos que o Feliciano representa alguém sim. Em nosso facebook vimos várias campanhas com fotos onde as pessoas colocavam: FELICIANO NÃO ME REPRESENTA. Muita gente dizendo isso, e nós ficávamos pensando: e ele chegou até lá como? Graça divina? Hummm I don´t think so!
O problema é que muitas vezes nós vivemos fechados no nosso mundinho, seja ele real ou virtual. A gente tem aquela ideia da internet como um lugar livre onde todos tem contato com todos, e aí consideramos nossa timeline como termômetro da opinião pública brasileira. E de repente a gente se liga, tipo epifania, que na nossa timeline só aparece quem é amig@ da gente, e minimamente tem alguma compatibilidade (a não ser que você seja daquelas pessoas que adiciona até o poodle do vizinho). Assim como em nossas relações fora da rede, nós tendemos a ficar próximos de pessoas que tem alguma concordância com nossa maneira de pensar e tal. Então aquela avalanche de gente postando que o dito cujo não @s representa são as pessoas super legais e fodas que você chama de amig@s! E cadê o resto desse povo? Tá em outras timelines.
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Enfim, encucad@s com isso nós fomos cavucando essa rede social e fomos descobrindo coisas piores que a deep web (joga no google migs). É do tipo “constituição não, bíblia sim” pra baixo.
Tudo isso não deve ser novidade pra quase ninguém, mas escrevemos tudo isso pra dizer que não basta realmente achar graça da tragédia que é a existência dessa criatura. Existem milhares de felicianos por aí, que encontram no discurso dele uma forma de exteriorizar todo o ódio cultivado na sociedade. Outra forma de perceber isso é lendo os comentários de notícias que falem sobre o assunto. A onde de conservadorismo é tamanha que você precisa se segurar na cadeira senão toma um caixote.
Dizer que o Feliciano não nos representa é extremamente importante, mas não só no facebook e não só para as pessoas que já pensam parecido com você. Com essas você tem que se juntar, pra poder falar e expor seu pensamento a outras pessoas, que talvez concordem um pouco com o pastoreco. Seja você gay, hétero, bi, pan, trans, cis ou um panda, é importante deixar claro que o Feliciano não representa a todos nesse país, e existe uma significativa parcela da população que o repudia. Ok, sabemos que tão rolando várias manifestações (importantíssimas!) por aí, mas as vezes isso parece algo muito distante praquela sua tia de 80 anos, ou pr@ colega de trabalho, ou pra sua mãe.
E é com esse desabafo/pedido/sugestão que a Vulva retorna das cinzas, novinha em folha e mais Fúcsia que nunca! Aguardem, pois vem muito mais por aí.